Definimos termopares como sensores de medição de temperatura que são constituídos por dois condutores metálicos e distintos, puros ou homogêneos. Em uma de suas extremidades são unidos e soldados, a qual convencionou-se o nome de junta de medição ou junta quente, e a outra extremidade aberta onde se faz as devidas interligações de junta de referência.
Quando submetemos suas extremidades a temperaturas diferentes a composição química dos metais gera uma força eletro-motriz ( F.E.M) da ordem de mV, princípio este conhecido por SEEBEK.
Faixa de termopares | Tipos de termopares | Limites de erro | |
---|---|---|---|
Standard (escolher o maior) | Especial (escolher o menor) | ||
T | -180 a 370ºC | ± 1ºC ou ± 0,75% | ± 0,5ºC ou ± 0,4% |
J | 0 a 800ºC | ± 2,2ºC ou ± 0,75% | ± 1,1ºC ou ± 0,4% |
E | -200 a 870ºC | ± 1,7ºC ou ± 0,5% | ± 1ºC ou ± 0,4% |
K/N | 0 a 1260ºC | ± 2,2ºC ou ± 0,75% | ±1,1ºC ou ± 0,4% |
S/R | 0 a 1500ºCC | ± 1,5ºC ou ± 0,25% | ± 0,6ºC ou ± 0,1% |
B | 870 a 1700ºC | ± 0,5% | ± 0,25% |
São duas as classes de precisão para termopares: classe standard e classe especial.
A classe standard é a mais utilizada industrialmente e em processos onde não se requer tanta precisão na leitura da temperatura.
Já o termopar de classe especial, apresenta desvios menores e são utilizados onde se deseja reduzir ao máximo os erros de leitura, e, com isso tornar o processo mais preciso.
TIPOS DE TERMOPAR | BITOLA 8 AWG
(Ø3,26mm) |
BITOLA 14 AWG
(Ø1,63mm) |
BITOLA 20 AWG
(Ø0,81mm) |
BITOLA 24 AWG
(Ø0,51mm) |
---|---|---|---|---|
T | - | 370ºC | 260ºC | 200ºC |
J | 800ºC | 590ºC | 480ºC | 370ºC |
E | 870ºC | 650ºC | 540ºC | 430ºC |
K/N | 1260ºC | 1090ºC | 980ºC | 870ºCW |
S/R | - | - | - | 1480ºC |
B | - | - | - | 1700ºC |
Estes valores da tabela se referem a Termopares convencionais utilizando tubos ou poços de proteção totalmente vedados.
Para um melhor esclarecimento sobre especificações quanto a tipos de montagens ou dúvidas a respeito de termometria em geral, recomendamos que faça uma consulta ao nosso Departamento de Vendas Técnicas, para que possamos ajudá-lo na definição da melhor especificação.
Termopar tipo T ( (+) / (-) Cobre/Cobre-Níquel - 180 a 370 ºC), sua principal característica é a excelente resistência à corrosão , sendo utilizado em temperaturas negativas.
Termopar tipo J ((+) / (-)Ferro/Constantan 0 a 800 ºC), recomendado para utilização no vácuo e em atmosferas oxidantes. Não recomenda-se a utilização deste Termopar em locais que contenham enxofre.
Termopar tipo E ((+) / (-)Níquel-Cromo/Cobre-Níquel-200 a 870 ºC), este Termopar é utilizado nas atmosferas oxidantes e inertes em ambientes redutores ou vácuo perdem suas características termoelétricas.
Termopar tipo K ((+) / (-) Cromel / Alumel 0 a 1200 ºC), este Termopar é o mais utilizado na indústria em geral, pois tem uma excelente resistência à oxidação em alta temperatura e à corrosão em baixas temperaturas.
Termopar tipo N ((+) / (-)Níquel-Cromo-Silício Níquel-Silício 0 a 1260 ºC), Excelente resistência a oxidação até 1200ºC, curva f.e.m. xTemp., similar ao tipo K, porém possui menor potência termoelétrica, apresenta maior estabilidade e menor drift tempo.
Termopar tipo S ((+) / (-) Platina-10% Ródio/Platina 0 a 1500ºC)
Este é o mais conhecido e usado entre os Termopares nobres, possui uma precisão altíssima e uma ampla
faixa de utilização, alta repetibilidade de leitura, baixa potência termoelétrica, com todas essas características
este Termopar é utilizado em laboratórios de calibração como um Termopar padrão. A composição da sua
liga, é de 90% platina e 10% ródio, na sua faixa de trabalho é recomendado para trabalhar em locais oxidantes
sempre com tubos de proteção cerâmica.
Termopar tipo R ((+) / (-)Platina-13% Ródio/Platina 0 a 1500ºC)
Possui as mesmas características de uso e recomendações do Termopar tipo S, porém sua composição é um
pouco diferente contendo 87% platina e 13% ródio, este Termopar também é utilizado em laboratórios como
padrão.
Termopar tipo B ((+) / (-)Platina-30% Ródio/Platina-6% Ródio 870 a 1800ºC)
Também possui características de uso idênticos aos do tipo S e R, recomenda-se o tubo de proteção como
os S e R em locais onde contenham vapores de metais, possui uma resistência mecânica dos fios maior que
os S e R e geram um sinal termoelétrico muito baixo. Sua utilização é recomendada para temperaturas altas,
e a composição de sua liga é de 70% platina e 30% ródio.
Os Termopares de Isolação Mineral são de extrema necessidade no processo industrial de medição da temperatura, pois os fios são montados em bainhas de proteção de aço inoxidável, isolados entre si.
Todo o interior da bainha é altamente compactado com óxido de magnésio (excelente condutor térmico), com isso os fios ficam totalmente protegidos do meio.
Com esta montagem compactada, o óxido de magnésio proporciona uma ótima isolação elétrica entre os fios condutores e a bainha metálica de proteção, consequentemente a durabilidade deste termopar depende da resistência a corrosão dos fios (Termopar).
Os Termopares de isolação mineral oferecem algumas vantagens com relação aos convencionais: grande estabilidade, longevidade e podem ser dobrado até noventa graus.
São fabricados nos diâmetros: 1.5/3.0/6.0 mm. Possuem alguns tipos de calibrações: tipo T (CUCO -180 a 370 ºC), tipo J (FECO 0 a 800 ºC), tipo K (CRAL 0 a 1200 ºC), tipo N ( NICROSILNISIL 0 a 1260 ºC) , PT100 ( -200 a 600 °C), com tubos de proteção em aço inoxidável tipo ( 304 / 310 / 316, INCONEL 600, NICROBELL B e C ).
A estabilidade da Força Eletromotriz do Termopar é caracterizada em função dos condutores estarem completamente protegidos contra a ação de gases e outras condições ambientais, que normalmente causam oxidação e consequentemente perda da força eletromotriz gerada.
O pó muito bem compactado, dentro da bainha metálica, mantém os condutores intactos, permitindo que os mesmos sejam dobrados, torcidos ou achatados.
A pequena massa e a alta condutividade térmica do pó, proporcionam ao Termopar um tempo de resposta que é virtualmente igual ao de um Termopar descoberto de dimensão equivalente.